Dissertações Defendidas em 2018

SER E FAZER-SE DOCENTE NO ENSINO MÉDIO MEDIADO POR TECNOLOGIA: o caso do Professor Presencial de Rondônia

LUCIANA DERMANI DE AGUIAR

André Bocchetti

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, o caso de gestão aborda o exercício da docência em uma iniciativa educacional mediada por tecnologia no estado de Rondônia, mais especificamente no chamado Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT). A pesquisa tem a seguinte questão norteadora: como é exercida a docência dos Professores Presenciais no Ensino Médio com Mediação Tecnológica em Rondônia? Assumimos como hipótese as possibilidades do exercício docente em um projeto mediado por tecnologias em que o Professor Presencial presente na sala de aula atua com dificuldades técnicas e que tende, em várias situações, a exercer mais atribuições técnicas do que pedagógicas. O objetivo geral do estudo é investigar as práticas docentes resultantes desta iniciativa educacional, assim como as dificuldades enfrentadas pelos Professores Presenciais que atuam no Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT). Para tanto, será necessário: i) descrever o Ensino Médio com Mediação Tecnológica em Rondônia, ii) analisar a atuação do Professor Presencial frente aos procedimentos de operacionalização dos instrumentos técnicos e de mediação pedagógica no contexto da sala de aula e iii) propor um plano de ação educacional (PAE) para que este profissional tenha uma atuação mais significativa quanto aos aspectos teóricopedagógicos e que não se limite apenas na operacionalização de equipamentos tecnológicos e reprodução de conteúdo. A fim de responder a esta questão, o estudo se pauta em uma metodologia qualitativa. Para tanto, os dados analisados foram obtidos por pesquisa documental e pela aplicação de questionários e realização de entrevistas. Para fundamentação teórica foram utilizadas as reflexões de autores como Maia (2010), Campos (2011) e de Costa (2015) que discorreram sobre o projeto EMPMT no Amazonas. Também foram importantes as reflexões de Belloni (2012), Masetto (2013), Kenski (2003, 2007, 2009, 2012, 2013), Almeida (2004, 2006, 2010) e Teixeira (2010), pois abordam as especificidades da Educação à Distância e os desafios no contexto educacional nessa modalidade de ensino. A pesquisa dialoga também com os estudos de Moran (2005, 2009, 2008,2013) e Tardif (2002, 2012, 2014), que expõe sobre a atuação do professor no espaço escolar, os saberes necessários à docência e reforçam a importância da formação dos professores que atuam na modalidade de ensino à distância. Os resultados da pesquisa apontaram para três problemáticas principais: i) as dificuldades dos Professores Presenciais quanto aos procedimentos de mediação pedagógica; ii) a necessidade de implementação de um sistema de maior controle das visitas de acompanhamento e monitoramento pedagógico que abarque todo a processo do EMMT no Estado; iii) a dificuldade em receber os Planos de estudo dos componentes curriculares em tempo hábil, a rotatividade do Professor Presencial, a infraestrutura inadequada e a falta de computadores e insumos. Portanto, fatores que acarretaram em sérias dificuldades na implementação e consolidação da política no Estado. Dessa forma, foram indicadas as seguintes propostas no Plano de Ação Educacional: Constituição da Comunidade de prática nas CREs; Implementação de sistema de monitorias; Potencializar a interação entre os atores do Projeto EMMT.


Ensino Médio com Mediação Tecnológica; Mediação pedagógica; Professor Presencial; Rondônia.

Dissertação do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública – Caed/UFJF

AGUIAR, LUCIANA DERMANI DE. SER E FAZER-SE DOCENTE NO ENSINO MÉDIO MEDIADO POR TECNOLOGIA: o caso do Professor Presencial de Rondônia. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação/CAEd. Programa de Pós Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública. P. 193. 2018.