Miriam Furtado de Gusmão
A Escolarização dos Alunos Venezuelanos no Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora – MG
Orientadora: Maria Cristina Drumond e Castro
Membros da banca: Eduardo Magrone e Rafael Alberto González González
Data: 19/03/2025
Local: De forma não presencial,
Horário:16h
A crise venezuelana desde 2017 intensificou a migração para o Brasil, impactando o sistema educacional. Esta pesquisa busca investigar desafios e propor soluções para a inclusão de alunos migrantes, contribuindo para políticas públicas e práticas pedagógicas. O estudo foca no Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora-MG, que, em 2023, matriculou 15 alunos venezuelanos, enfrentando barreiras linguísticas, culturais e de vulnerabilidade social. Esta pesquisa busca responder à seguinte pergunta: Quais são os principais desafios no processo de escolarização dos alunos migrantes/refugiados venezuelanos matriculados no Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora? Em consonância com esse objetivo geral, delineamos os seguintes objetivos específicos: 1) Descrever o Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora. 2) Analisar o processo de escolarização dos alunos venezuelanos no Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora. 3) Analisar as razões pelas quais os estudantes venezuelanos estão tendo dificuldades durante o processo de escolarização. 4) Propor um Plano de Ação Educacional destinado à criação de mecanismos eficazes de acolhimento e acompanhamento dos alunos venezuelanos atualmente matriculados no Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora. Fundamentamos a pesquisa nos conceitos de aprendizagem de Vygotsky (1978), na influência das emoções no ensino (Tassoni e Leite, 2011) e nas discussões sobre migração e inclusão escolar (Brenner e Alvarenga, 2022; Weschenfelder, 2021; Sánchez, 2020; Mantoan, 2003). A metodologia adotada é qualitativa, com entrevistas semiestruturadas com alunos, familiares, professores e gestores escolares, além da história de vida e observações em diário de campo. Os resultados evidenciam a necessidade de um Plano de Ação Educacional estruturado, incluindo uma cartilha bilíngue, entrevistas individuais com alunos e famílias, parcerias com faculdades de Psicologia, ampliação do Projeto de Reforço Escolar e eventos culturais. Essas ações visam minimizar as dificuldades enfrentadas pelos alunos venezuelanos, promovendo um ambiente escolar mais receptivo e adequado às suas necessidades.