Lílian Carla de Freitas
Os desafios da progressão parcial em Matemática em uma escola da rede estadual de ensino de Juiz de Fora – MG
Orientador: Luiz Flávio Neubert
Membros da banca: Marco Aurélio Kisteman Júnior e Orcione Aparecida Vieira Pereira
Data: 17/12/2024
Local: De forma não presencial,
Horário:9h
A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão apresentado buscou analisar os entraves e os procedimentos necessários para uma melhor operacionalização da política pública da progressão parcial em uma escola da rede estadual de Minas Gerais. A pesquisa tem como objetivo investigar as práticas efetivas implementadas para garantir que os alunos em progressão parcial realmente assimilem o conteúdo do ano anterior e que essas habilidades sejam adequadamente integradas ao currículo do ano atual, resultando em uma melhoria significativa na aprendizagem e na consolidação das competências. O tema escolhido reflete preocupações e desafios em relação à justiça educacional e ao desejo genuíno de que os alunos não apenas aprendam, mas, também, se sintam capacitados para atuar de forma autônoma no mercado de trabalho e no ambiente universitário. O problema de pesquisa surge da constatação de que os alunos em progressão parcial são aprovados mediante a realização de uma prova e um trabalho, sem considerar integralmente seu desempenho. Isso levanta questionamentos sobre se essas práticas estão efetivamente contribuindo para a recuperação da aprendizagem desses alunos beneficiados pela política pública. Assim, o objetivo geral definido para este estudo foi compreender as dificuldades encontradas na execução e propor ações através de um Plano de Ação Educacional para aprimorar a operacionalização da política de progressão parcial na escola pesquisada. Para atingir esse objetivo, a pesquisa utilizou a estratégia do Estudo de Caso, começando com uma pesquisa exploratória, que incluiu a consulta de documentos e registros nos arquivos da escola. Em seguida, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas com a inspetora escolar, a gestora da escola e com os professores de Matemática de cada ano do ensino médio. É relevante destacar que os alunos do último ano dessa etapa não poderão usufruir da política ao término do ano letivo. Para análise e interpretação dos dados obtidos, foi realizada uma revisão da literatura sobre as temáticas envolvidas no contexto do caso, incluindo autores que discutem sobre métodos de avaliação da aprendizagem Hoffman (1995), Luckesi (2018) e Sant’Anna (2001), bem como abordam a Educação Matemática D’Ambrosio (1996) e Chaquiam (2017) e a importância da família como fator extra-escolar, ao incentivar os alunos Silva (2009) e Patto (2007). O instrumento utilizado na pesquisa de campo foi a entrevista semiestruturada com a inspetora educacional, a gestora escolar e com os três professores de Matemática de cada ano escolar do ensino médio. Com base nas análises da entrevistas realizadas, foi elaborado um Plano de Ação Educacional que contempla três ações principais, visando minimizar os entraves na execução da política pública da progressão parcial em Matemática: (1) construir práticas pedagógicas eficazes para a recuperação das habilidades matemáticas dos alunos em progressão parcial; (2) oferecer suporte aos alunos em progressão parcial em Matemática e refletir sobre a avaliação; e (3) fortalecer a relação entre família e escola.