A Educação é objeto histórico das Ciências Sociais, onde a denúncia da reprodução das desigualdades ocupa papel privilegiado. Este trabalho revê criticamente os avanços e retrocessos das políticas educacionais, em especial nas dimensões de acesso, fluxo e qualidade, para analisar a produção da exclusão educacional observada no Brasil atual. Dados demográficos apontam que a restrição do acesso aos níveis básicos privou parcelas consideráveis da população de oportunidades básicas. A produção excludente do fluxo escolar, principalmente nas décadas de 1980/90, evidencia que a aparente democratização do acesso revestiu-se de efeitos nefastos de elevação na reprovação. Por fim, a melhoria de fluxo nos últimos anos tem se dado à custa da deterioração da qualidade, o que reitera os efeitos reprodutores da desigualdade social e exclusão subseqüente.
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Exclusão no Brasil e a Educação: barreiras de acesso, fluxo e qualidade
Fernando Tavares Junior
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