André Luiz Assis Gomes
Simave: percepções e práticas sobre as Avaliações Sistêmicas da Aprendizagem e o Proeb em uma escola da rede estadual de Minas Gerais
Orientador: Lourival Batista de Oliveira Júnior
Membros da banca: Maria Isabel da Silva Azevedo Alvim e Janaina Moreira de Oliveira Goulart
Data: 12/03/2025
Local: De forma não presencial
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Horário: 16h
A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). A pesquisa buscou compreender como a apropriação e uso dos resultados das avaliações que integram o Simave – Avaliações Sistêmicas da Aprendizagem e Proeb – é realizada em uma escola da rede pública de Minas Gerais, e de que maneira a gestão desses dados influencia as práticas pedagógicas para subsidiar a promoção da qualidade educacional. Para isso, os objetivos definidos para esse estudo foram descrever e analisar os resultados fornecidos pelas avaliações externas que compõem o calendário anual do Simave (Proeb e Avaliações Sistêmicas da Aprendizagem), em conjunto com a descrição e análise das práticas de realização do planejamento pedagógico a partir destes dados; investigar e analisar quais as percepções e conhecimentos possuem a equipe gestora, especialistas em educação básica e professores, a respeito das distintas práticas avaliativas e do uso dos dados fornecidos pelas avaliações do Simave; e propor ações que contribuam para o aprimoramento dos processos de apropriação e uso dos resultados das avaliações do Simave na EECS, com base na análise dos dados obtidos. Assumiu-se como hipótese que a apropriação desses dados é feita de maneira superficial, limitando, em parte, as potencialidades oferecidas por esses instrumentos. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa e quantitativa, para descrição do caso de gestão realizou-se uma pesquisa bibliográfica em documentos oficiais, atas de reuniões e dados do Simave, enquanto para a pesquisa de campo os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com gestores, especialistas em educação básica e uma amostra de professores, além de questionários aplicados exclusivamente a professores. Os questionários serão analisados quantitativamente de acordo com a escala de Likert e foram usados como apoio para o desenvolvimento de análise qualitativas. A fundamentação teórica abrange conceitos de práticas avaliativas (Haydt, 2000; Luckesi, 2013; Luckesi, 2021), debates acerca das limitações e possibilidades oferecidas a educadores pelas avaliações externas (Lück, 2009; Machado, 2012; Machado; Alavarse, 2014; Fontanive, 2013; Bauer; Alavarse; Oliveira, 2015; Cunha; Barbosa; Fernandes, 2015; Bauer, 2020; Sahium; Magalhães; Araújo, 2020) e considerações acerca de desempenho escolar e qualidade educacional (Demo, 1990; Freitas, 2005; Dourado; Oliveira; Santos, 2007; Dourado; Oliveira, 2009; Gadotti, 2010; Cury, 2014). Após a pesquisa de campo, verificou-se que os atores investigados, em parte, não possuem compreensão sólida acerca do processo de avaliação em educação; realizam apropriação e planejamentos de modo individualizado. Além disso, contatou-se problemas na comunicação interna; alto número de testes avaliativos; desmotivação de alunos e professores que tendem a diminuir a influência de suas ações. Para tanto, foi proposto um Plano de Ação Educacional baseado em ações gestoras que visam a criação de uma cultura de trabalho colaborativo e a promoção da integração entre avaliações internas e externas.