ANDRÉA DE OLIVEIRA COSTA – 24/07/2017

Nome da aluno(a): ANDRÉA DE OLIVEIRA COSTA
Título da dissertação: POR QUE ALGUNS ALUNOS CHEGAM AO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL SEM SABER LER E ESCREVER?
Orientador(a): Prof. Dra. Ilka Schapper Santos
Membros da banca: Dra. Ana Rosa Costa Picanço Moreira e Dra. Maria Andréia de Paula Silva
Data: 24/07/2017
Local: CAEd – Dom Orione
Horário: 08h

RESUMO

Esta dissertação tem como pergunta principal saber quais os motivos que levam os alunos a não conseguirem se alfabetizar nos três primeiros anos de escolaridade e chegarem ao 6º ao do Ensino Fundamental sem ler e escrever. Assumindo que a alfabetização é uma construção que se dá nas relações interpessoais, mediadas pela linguagem, esta dissertação busca, no discurso dos alunos e professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, os sentidos atribuídos à alfabetização e letramento. Para tal, este estudo fundamenta-se teoricamente na concepção de linguagem como constituidora da consciência e espaço de inter-relações sociais, tendo como aportes teóricos principais os estudos desenvolvidos por Lev Seminovitc Yygostsky sobre o fenômeno da linguagem e a mediação e os estudos desenvolvidos por Mikhail Bakhtin. Além desses teóricos, constituem-se como interlocutores autores que abordam especificamente sobre a alfabetização, a leitura e a escrita como Soares, Kleimen, Mortatti, Cagliari, Schapper, entre outros. A perspectiva histórico-cultural orientou os procedimentos de pesquisa e as análises desenvolvidas sobre o material empírico produzido na observação de aula do 3º ano do Ensino Fundamental e atividades nos encontros dialógicos com os alunos em situação de comprometimento de aprendizagem do 3º e 5º anos do Ensino Fundamental. A partir das análises chegou-se a conclusão que os alunos, desses dois níveis de ensino, pesquisados, estão muito aquém do nível desejado, ficando claro e evidente a falta de comprometimento da família na condução do processo educacional, visto que, a escola sozinha não consegue fazer um bom trabalho. As professoras são comprometidas, mas o número excessivo de alunos por turma as impedem de fazer uma intervenção mais intensa. Esses alunos chegarão ao 6º ano do EF da maneira que estão. Cabe à direção escolar mudar essa realidade com um projeto de intervenção extraclasse e com o apoio da família para que se esse ciclo se quebre e que as crianças tenham sua vida escolar normalizada.

Palavras-Chave: Alfabetização; Leitura e escrita; Letramento