EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAED/UFJF). O caso de gestão analisa os índices de evasão identificados nos cursos de graduação a distância do Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Juiz de Fora/CEAD-UFJF, bem como investiga os fatores relacionados a esse fenômeno. Este estudo possui como objetivos específicos, a compreensão da estrutura organizacional dos cursos vinculados à Universidade Aberta do Brasil/UAB, identificar os principais fatores de evasão de alunos, relacionar reprovação em disciplinas e evasão nesses cursos e, por fim, elaborar um Plano de Ação Educacional a fim de contribuir para a redução dos índices de evasão identificados. Assumimos como hipótese de pesquisa que existem um conjunto de fatores elencados como possíveis elementos influenciadores de evasão, denominados por Abbad (2010) e Bittencourt e Mercado (2014) como fatores endógenos e exógenos, discutidos no capítulo 1. Neste estudo, atemo-nos aos elementos endógenos de evasão, tendo em vista que estes se integram no contexto da instituição de ensino, podendo, dessa forma, ser mais adequadamente abrangidos por ações que venham a ser pensadas como estratégias de minimização desse fenômeno. Utilizamos como metodologia, o estudo de caso do tipo qualitativo, em que adotamos instrumentos como questionários enviados aos coordenadores de polo de apoio presencial, entrevistas semiestruturadas com os coordenadores de curso e análise documental de históricos, além da análise de dados estatísticos dos índices de evasão dos cursos envolvidos. Como alguns resultados da pesquisa, demonstramos a exequibilidade de um aprimoramento no processo de acompanhamento do aluno, via implementação de um sistema de mineração de dados. Considerando sua potencialidade de reunião e cruzamentos de dados, incluindo aproveitamento, desempenho e participação no Ambiente Virtual de aprendizagem, acredita-se que esse processo de data mining pode auxiliar professores e tutores na condução do processo educativo e identificação de evadidos em potencial. Além disso, as ações propostas envolvem a viabilidade de se repensar a dinâmica dos encontros presenciais, as metodologias de ensino aplicadas nos cursos e a necessidade de estabelecimento de uma política de formação de tutores na instituição.

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS E DEFICIÊNCIA: UMA PROPOSTA DE POSSIBILIDADES PARA ALÉM DA QUANTIFICAÇÃO

O presente trabalho de pesquisa, realizado na Escola Estadual Doutor Pedro Paulo Neto, situada no município de Divino (Minas Gerais), pertencente à circunscrição da Superintendência Regional de Ensino de Carangola, investiga o cotidiano escolar de 08 (oito) alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento – TGD/TEA. Incluem-se, neste grupo, alunos com Autismo clássico, Síndrome de Asperger, Transtorno Infantil Desintegrativo e os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Sem Outra Especificação – TID SOE, que apresentam grandes impedimentos à adaptação escolar e déficits de aprendizagem. Além da trajetória histórica da inclusão escolar, são abordados conceitos teórico-científicos relativos às síndromes e as possibilidades de intervenção pedagógica nas etapas do processo de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, apresenta o resultado da investigação em torno das estratégias de avaliação do desempenho escolar dos respectivos alunos, os instrumentos avaliativos utilizados pelos Professores de Apoio e as formas de registro dos conceitos, empregadas pela Escola. Compreende-se que, numa escola inclusiva, as práticas de avaliação devem tomar uma proporção para além das concepções meramente classificatórias, levando-se em conta que a quantificação não abarca todas as dimensões a serem avaliadas. Emerge, então, o interesse e a necessidade, na área de Gestão e Avaliação da Educação Pública, de uma análise dos métodos de avaliação que a Escola adota para os alunos com TGD/TEA e quais estratégias utilizam para qualificar e quantificar o desenvolvimento da aprendizagem destes, a fim de propor uma postura crítico-reflexiva em relação ao processo de avaliação. A proposta metodológica de estudo de caso e a coleta de informações e dados por meio dos sistemas educacionais oficiais, dos arquivos da Equipe do Serviço de Apoio à Inclusão – SAI e dos documentos escolares permitiram que fossem apresentadas considerações a respeito do paradoxo entre integração e inclusão; inclusão escolar e qualidade do ensino; e avaliação educacional e escolar dos alunos com TGD/TEA. O plano de ação apresentado visa interferir na realidade retratada, aprimorar a prática pedagógica da escola e configurar-se como parâmetro para as demais escolas estaduais da circunscrição.

PROJETOS PEDAGÓGICOS E O FRACASSO ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE UMA GESTÃO COLABORATIVA EM UMA ESCOLA PÚBLICA MINEIRA

A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão analisado buscou identificar desafios e possibilidades de uma equipe gestora, na figura da direção, para promover a articulação entre projetos pedagógicos, considerando o quadro reiterado de fracasso escolar e a cultura de projetos voltados para o letramento na escola. O objetivo geral definido para este estudo foi analisar as possibilidades e os desafios de ações gestoras voltadas para o desenvolvimento e a manutenção dos projetos pedagógicos de letramento de uma escola pública mineira. Como objetivos específicos, foram elencados: i) descrever a política de projetos pedagógicos na legislação federal e estadual; ii) apresentar a escola estadual e os projetos desenvolvidos por ela, bem como sua composição docente; iii) analisar os impactos da descontinuidade dos projetos pedagógicos por meio dos dados obtidos em grupos focais e entrevistas semiestruturadas com o corpo docente da escola e com a supervisora; iv) propor um plano de ação para a continuidade dos projetos, considerando o movimento que ocorreu na escola durante o processo de pesquisa, principalmente no tocante a projetos educacionais. Defendemos a hipótese de que um trabalho com projetos, articulado por meio de uma gestão colaborativa, contribui para minimizar quadros de fracasso escolar. Na análise dos excertos das entrevistas semiestruturadas, fica evidente que a escola não trabalhava com projetos de forma integrada e as poucas iniciativas de projetos interdisciplinares se perdiam na resistência do corpo docente. A partir do movimento ocorrido pela problematização do tema, na busca por evidências do problema, houve uma mudança na postura dos professores, desenvolvendo-se o interesse em trabalhar e compartilhar as vivências oriundas dos projetos educacionais, o que nos levou a implementar um plano de ação piloto, apoiado em três abordagens: organização dos projetos dentro do PPP da escola; troca de experiências entre professores através de reunião de alinhamento de projetos; e a implantação de rotina de emissão de relatórios periódicos de execução de projetos visando à organização dos registros dos projetos.

A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS: A PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO DAS NEVES

O presente trabalho tem como objetivo geral compreender as dificuldades encontradas pelos docentes da Escola Um, localizada no município de Ribeirão das Neves, em participar da oferta de formação continuada oferecida pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Este trabalho é desenvolvido no âmbito do Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP), do Centro de Políticas Públicas e Avaliação Educacional (CAEd) e da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); nele, pretende-se analisar a oferta da formação continuada realizada pela Secretaria de Educação entre os anos de 2012 e 2015. Como objetivos específicos, no Capítulo 1 descreveremos o modelo de oferta de formação continuada da Secretaria de Educação e a participação dos professores da escola, analisando as dificuldades enfrentadas pelos professores da Escola Um para participar dessa formação – como dificuldades de âmbito pessoal, de ordem da escola e de âmbito administrativo. Para isso, a pesquisa que deu suporte ao estudo debruçou-se sobre dados quantitativos da formação permanente dos professores da escola e do estado; identificou as atividades de formação ofertadas pela Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores (Magistra); utilizou-se da pesquisa bibliográfica e documental, inclusive do resultado contextual do questionário da Prova Brasil de 2015, de questionário e de entrevista semiestruturada direcionados aos docentes e gestor da escola para diagnosticar as possibilidades de se frequentar ou não os cursos ofertados pela SEE e seus motivos. Dentre eles, estavam a distância entre o local do curso e a escola, falta de subvenção financeira, falta de liberação do gestor escolar para que o docente frequentasse as atividades, falta de tempo para frequentar cursos presenciais, falta de tempo para participar de cursos em geral, desconhecimento sobre a oferta de atividades de formação continuada da SEE e os temas das atividades de formação, que não interessaram ao professor, por serem do prisma gerencial. No Capítulo 2, que é analítico e teórico, apresentamos as linhas teóricas que subsidiaram a interpretação dos dados encontrados; nos fundamentamos na teoria das comunidades de aprendizagens baseada, entre outros autores, em Furllan e Hargreaves (2000), Alarcão (2001), Imbernón (2009) e Gatti, Sá Barreto e André (2011). Por fim, no Capítulo 3, que é propositivo, elaboramos um Plano de Ação Educacional (PAE) com o objetivo de apresentar sugestão de atividade suplementar para contribuir na formação permanente do docente da escola, minimizar os problemas encontrados e tornar os professores agentes ativos de sua própria formação no próprio ambiente escolar.

DESAFIOS VIVENCIADOS NA ORGANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DE ATIVIDADES EXTRACLASSE: ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE MINAS GERAIS

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão a ser estudado irá discutir como a equipe gestora da escola Aquarela organiza os horários extraclasse dos professores, conhecido em Minas Gerais como Módulo 2 (M2), frente aos inúmeros desafios que essa política traz em sua estruturação no ambiente escolar. No primeiro capítulo, serão revisitados os marcos normativos nacionais e estaduais que respaldaram a política que tornou possível ao professor cumprir 1/3 de sua carga horária fora da sala de aula. Para uma maior compreensão do leitor, será feita a caracterização da escola onde se passa o Caso de Gestão e a descrição do modo como os professores cumprem os horários de M2. O terceiro capítulo trará embasamentos teóricos que discorrem sobre o trabalho docente, o planejamento, a gestão escolar e a prática pedagógica do professor. Também no segundo capítulo, será apresentada a metodologia e os instrumentos de pesquisa a serem utilizados no trabalho. Em seguida, serão realizadas as análises das entrevistas aplicados junto aos professores e a equipe gestora da escola. No terceiro capítulo, será apresentado um Plano de Ação educacional, cujo objetivo é considerar novas possibilidades de realização do M2 no espaço escolar. A primeira ação deste plano tem por fim dar publicidade da política do M2 aos professores da escola com maior regularidade. A segunda ação consiste em reestruturar os horários de M2 individual de forma que os professores sejam de fato acompanhados pelos supervisores. A terceira ação tem por foco o M2 coletivo e, nesse sentido, propõe uma única reunião mensal com o coletivo de professores e gestores da escola. Completando o Plano, a última ação busca reestruturar o laboratório de informática como novo espaço de cumprimento ao M2 individual. Fechando o trabalho, serão feitas apontamentos do principais pontos levantados durante a pesquisa.

ABANDONO NO ENSINO MÉDIO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE AS AÇÕES GESTORAS NA ESCOLA CONSTÂNCIO NO MUNICÍPIO DE NACIP RAYDAN – MG

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Caed/UFJF). O caso de gestão estudado tem como objetivo investigar as dificuldades enfrentadas pela equipe gestora da E. E. Constâncio Correia de Alvarenga para diminuir os fatores que interferem no abandono escolar no Ensino Médio regular; também, conhecer o trabalho desenvolvido pela escola frente ao abandono desses alunos na última etapa da Educação Básica. Para melhor compreensão do caso, apresentamos um pouco da história e desafios do Ensino Médio no Brasil, em Minas Gerais e no Município de Nacip Raydan. Além das análises das taxas de abandono, aprovação, reprovação e distorção idade/série no contexto nacional, estadual e local. Na sequência, apresentamos as possíveis causas do abandono escolar relacionando-o a um referencial teórico. Realizamos um trabalho de campo junto aos profissionais da educação da escola, aos alunos matriculados e frequentes e alunos que abandonaram a escola e que residem no município (visita domiciliar). Vários fatores internos e/ou externos à escola foram apontados, como influência na decisão do aluno em abandonar a escola, por exemplo: “o desinteresse do aluno”. Discutimos esses fatores levando em consideração as análises das entrevistas e questionários relacionando-as com o referencial teórico para melhor entender o resultado da pesquisa. Percebe-se o grande desafio que a equipe gestora tem para enfrentar o problema, pois a partir da necessidade da escola foi elaborado um plano de ação educacional (PAE) com estratégias para que a escola tenha melhores resultados com relação ao abandono. Para concluir, apresentamos uma reflexão com base nos dados da pesquisa para que possa ajudar a escola a refletir sobre a sua prática pedagógica e resolver mais um dos seus desafios, o abandono, que muitas das vezes está fora do seu alcance.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E OS DESAFIOS DA EQUIPE GESTORA DE UMA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

Este trabalho analisou os desafios encontrados pela equipe gestora de uma escola pública regular na inclusão de alunos com necessidade educativa especial. Trata-se de um estudo de caso que procurou descrever a perspectiva da Educação Inclusiva a partir de uma visão histórica, das condições legais e de atendimento, do cenário nacional, estadual, regional e na unidade escolar em que esse estudo foi realizado. Após essa descrição, realizou-se uma análise da gestão escolar, tendo como eixos a escola inclusiva e a gestão democrática, considerando que a inclusão denota uma equipe gestora com um perfil mais reflexivo e aberto às diferenças como condição básica para a construção de uma escola para todos. Logo, partiu-se da premissa que uma escola para ser inclusiva a gestão deve ser exercida de forma democrática e participativa. Contribuiu para essa análise o pensamento acadêmico de autores que investigam esses temas, como Mantoan (1997, 2011); Carvalho (2014); Dutra e Gribosk (2012); Seabra, Ferreira e Neiva (2017); Burgos e Canegal (2011); Neubauner e Silveira (2009); Paro (1998); Tezani (2004); Oliveira (2010); Luck (2010); e Silva (2006). Os resultados encontrados permitiram inferir que, na escola estudada, as ações pedagógicas e administrativas concernentes à efetivação da inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais ocorrem, mas sem a devida articulação entre os envolvidos – pais, alunos, professores e gestores. Isso evidenciou o despreparo da comunidade escolar para promover as condições necessárias para a efetivação da educação inclusiva como um direito e da gestão democrática como um instrumento. Essas constatações foram utilizadas na construção do Plano de Ação Educacional proposto ao final deste trabalho, com a definição de estratégias e de ações para o fortalecimento da educação inclusiva.

O PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO PARA LECIONAR NA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO DE CARANGOLA – MG: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGP/UFJF). Mediante experiência profissional à frente do processo de autorização para lecionar, em que vivenciamos muitas dificuldades e desafios, foi que se deu a escolha do tema do presente estudo. O caso de gestão a ser estudado tem como questão de investigação: Como acontece o processo de autorização para lecionar na Superintendência Regional de Ensino de Carangola? Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa é investigar como é operacionalizado o processo de elaboração das autorizações para lecionar na SRE Carangola. Os objetivos específicos são: descrever o processo de autorização para lecionar em Minas Gerais e especificamente na SRE de Carangola com base na legislação existente; analisar os critérios utilizados pelos servidores para a emissão do CAT (Certificado de Avaliação de Títulos), as dificuldades vivenciadas por eles durante o processo de emissão do CAT e as possíveis consequências para os que recebem ou não a autorização, além de propor ações que aprimorem o processo de autorização, de modo a superar as dificuldades encontradas. O trabalho tem uma discussão teórico-metodológica sobre os possíveis motivos da não existência de profissionais habilitados, fazendo-se necessário o CAT; a possível interferência da formação docente na educabilidade e qualidade do ensino e a influência da gestão de pessoas no presente caso de gestão. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, tendo como base a pesquisa qualitativa e como instrumento entrevistas semiestruturadas e análise documental. Para tanto, foram feitas entrevistas com pessoas envolvidas direta ou indiretamente no processo de autorização para lecionar, a fim de verificar as perspectivas e desafios do processo. Constatou-se que a gestão responsável pela emissão do CAT não fornece capacitação para os servidores que trabalham na função; que não há perfil para se trabalhar no setor e percebeu-se o caráter pouco objetivo desse processo. Isso pode prejudicar os solicitantes das autorizações, pois em anos diferentes, dependendo de quem autoriza, eles podem ser autorizados para disciplinas diferentes; pode prejudicar o servidor que emite as autorizações, visto que pode haver processo judicial e pode prejudicar a própria SRE, visto que o serviço é fornecido por ela. Com o intuito de amenizar esses problemas propomos um Plano de Ação de Educacional composto por três eixos. O primeiro referente à análise e descrição do cargo de confeccionar o CAT; o segundo diz respeito a ações de capacitação por parte da SEE e SRE; o terceiro é a proposta de um acompanhamento dos professores autorizados por parte da SRE e equipe pedagógica da escola e o último eixo trata de sugestões de melhorias nas resoluções que regem o CAT e melhorias durante o processo de autorização para lecionar. O estudo é relevante principalmente para a educação como um todo, pois se houver a diminuição dos desafios encontrados no processo de emissão do CAT, haverá maior possibilidade de serem autorizadas pessoas que possuam formação mais adequada ao conteúdo a ser lecionado.

UM NOVO OLHAR DA GESTÃO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTAS PARA AS TURMAS EM TRANSIÇÃO DE CICLOS

A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado discutiu a mudança de postura dos alunos frente ao processo de aprendizagem na transição do Ciclo Complementar – 5º ano para o Ciclo Intermediário – 6º ano, observando uma queda de aprendizagem, além da mudança no comportamento dos alunos, que se tornam mais indisciplinados em sala de aula a partir dos anos finais do Ensino Fundamental. Como objetivo geral desta pesquisa, propomo-nos a analisar os problemas envolvidos no processo de transição do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental na escola foco desta pesquisa. De modo complementar, foram elencados três objetivos específicos, quais sejam: (i) descrever a adaptação dos alunos e os impactos dessa adaptação entre os ciclos escolares, (ii) analisar as ações adotadas pela escola para lidar com essa transição e, assim, (iii) propor ações pedagógicas sensíveis a essa transição, com o envolvimento de todos os agentes condutores do processo de ensino e aprendizagem. Para o direcionamento deste estudo, fizemos as seguintes perguntas: como se dão as ações implementadas pela escola pesquisada para lidar com alunos em transição para o 6º ano do EF? Que ações a equipe gestora e pedagógica podem realizar para minimizar os impactos na vida escolar dos estudantes em transição entre os ciclos do EF anos finais? A metodologia utilizada para a execução da pesquisa tem uma abordagem qualitativa e foi realizada a partir de um estudo de caso. Como instrumentos, utilizamo-nos da observação de campo, grupo focal, análise documental e pesquisa bibliográfica, na qual apresentamos o posicionamento de autores que discutem a adaptação discente, a transição entre os ciclos escolares, a indisciplina e o fracasso escolar. As principais conclusões obtidas, por meio da análise dos dados e do estudo bibliográfico, apontaram para as dificuldades de adaptação de alunos no ingresso ao 6º ano do EF e para a falta de uma proposta pedagógica que articule estratégias para minimizar os impactos advindos da transição entre os ciclos escolares. Os principais impactos identificados foram a queda de aprendizagem, o desinteresse, indisciplina, a repetência, a evasão, dentre outros. Percebemos, com este estudo, que a transição é entendida como um período conflituoso tanto no processo de aprendizagem, com a fragilidade pedagógica da Educação Infantil e dos anos iniciais do EF em decorrência da descontinuidade curricular entre as redes de ensino, como no desenvolvimento humano dos alunos que estão chegando à adolescência. Assim, os dados encontrados nesta pesquisa resultaram na construção de um Plano de Ação Educacional cuja pretensão é auxiliar a escola investigada a diminuir o impacto da transição escolar no início dos anos finais do EF, pois esses impactos têm reflexo direto na continuidade e na conclusão da trajetória escolar dos alunos.

SER E FAZER-SE DOCENTE NO ENSINO MÉDIO MEDIADO POR TECNOLOGIA: o caso do Professor Presencial de Rondônia

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, o caso de gestão aborda o exercício da docência em uma iniciativa educacional mediada por tecnologia no estado de Rondônia, mais especificamente no chamado Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT). A pesquisa tem a seguinte questão norteadora: como é exercida a docência dos Professores Presenciais no Ensino Médio com Mediação Tecnológica em Rondônia? Assumimos como hipótese as possibilidades do exercício docente em um projeto mediado por tecnologias em que o Professor Presencial presente na sala de aula atua com dificuldades técnicas e que tende, em várias situações, a exercer mais atribuições técnicas do que pedagógicas. O objetivo geral do estudo é investigar as práticas docentes resultantes desta iniciativa educacional, assim como as dificuldades enfrentadas pelos Professores Presenciais que atuam no Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT). Para tanto, será necessário: i) descrever o Ensino Médio com Mediação Tecnológica em Rondônia, ii) analisar a atuação do Professor Presencial frente aos procedimentos de operacionalização dos instrumentos técnicos e de mediação pedagógica no contexto da sala de aula e iii) propor um plano de ação educacional (PAE) para que este profissional tenha uma atuação mais significativa quanto aos aspectos teóricopedagógicos e que não se limite apenas na operacionalização de equipamentos tecnológicos e reprodução de conteúdo. A fim de responder a esta questão, o estudo se pauta em uma metodologia qualitativa. Para tanto, os dados analisados foram obtidos por pesquisa documental e pela aplicação de questionários e realização de entrevistas. Para fundamentação teórica foram utilizadas as reflexões de autores como Maia (2010), Campos (2011) e de Costa (2015) que discorreram sobre o projeto EMPMT no Amazonas. Também foram importantes as reflexões de Belloni (2012), Masetto (2013), Kenski (2003, 2007, 2009, 2012, 2013), Almeida (2004, 2006, 2010) e Teixeira (2010), pois abordam as especificidades da Educação à Distância e os desafios no contexto educacional nessa modalidade de ensino. A pesquisa dialoga também com os estudos de Moran (2005, 2009, 2008,2013) e Tardif (2002, 2012, 2014), que expõe sobre a atuação do professor no espaço escolar, os saberes necessários à docência e reforçam a importância da formação dos professores que atuam na modalidade de ensino à distância. Os resultados da pesquisa apontaram para três problemáticas principais: i) as dificuldades dos Professores Presenciais quanto aos procedimentos de mediação pedagógica; ii) a necessidade de implementação de um sistema de maior controle das visitas de acompanhamento e monitoramento pedagógico que abarque todo a processo do EMMT no Estado; iii) a dificuldade em receber os Planos de estudo dos componentes curriculares em tempo hábil, a rotatividade do Professor Presencial, a infraestrutura inadequada e a falta de computadores e insumos. Portanto, fatores que acarretaram em sérias dificuldades na implementação e consolidação da política no Estado. Dessa forma, foram indicadas as seguintes propostas no Plano de Ação Educacional: Constituição da Comunidade de prática nas CREs; Implementação de sistema de monitorias; Potencializar a interação entre os atores do Projeto EMMT.