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Este estudo tem como finalidade compreender a utilização dos resultados das avaliações externas pelos gestores escolares da rede pública estadual de ensino da cidade de Porto Velho – Rondônia. Os objetivos definidos para este estudo foram: descrever o perfil dos gestores escolares; avaliar a atitude dos gestores em relação à avaliação de desempenho escolar; identificar os fatores que interferem na utilização dos resultados das avaliações externas (Prova Brasil) pelos gestores escolares, levantar as opiniões e experiências dos gestores com relação à gestão das escolas nos campos administrativo e pedagógico; relacionar o perfil e a atitude dos gestores escolares com os resultados das avaliações e identificar como os gestores utilizam os resultados das avaliações externas. A pesquisa foi desenvolvida a partir do método de Estudo de Caso, em três escolas estaduais de Porto Velho. Tomou-se como hipótese que o uso apropriado dos resultados das avaliações pelos gestores escolares pode ajudar a melhorar o trabalho de todos na escola e, consequentemente, o desempenho dos alunos. Para o processo de coleta dos dados, utilizaram-se, como instrumentos metodológicos, entrevistas semiestruturadas e questionários, feitos com os gestores escolares das escolas pesquisadas e com a Gerente Pedagógica da Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Porto Velho. Com base no resultado da pesquisa de campo, foi traçado um Plano de Ação Educacional (PAE), com propositura de formação permanente, para os gestores escolares, os professores, os supervisores e orientadores educacionais e, ainda, inserção no Plano Político Pedagógico das escolas, de ações sobre apropriação de resultados das avaliações externas de modo que se envolvam todos das escolas nesse processo de apropriação de resultados, tendo, assim, possibilidade de melhorar a qualidade da educação na rede estadual de Rondônia.

Esta pesquisa, realizada no âmbito da Universidade Federal de Juiz de Fora, teve como objetivo analisar os efeitos decorrentes das lacunas existentes na comunicação entre a Secretaria do Instituto de Ciências Humanas e os alunos do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas. Os entraves à comunicação, nosso objeto de estudo, foram analisados a partir de dados coletados junto aos calouros, alunos egressos e concluintes do BACH/ICH e os servidores técnico-administrativos em educação lotados na Secretaria do ICH. A pergunta chave desta pesquisa se refere a quais são os efeitos e repercussões decorrentes das lacunas de comunicação entre a Secretaria do ICH e os alunos do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas e o objetivo consiste na análise dos mesmos. Para tanto, questionários foram aplicados aos três grupos de sujeitos e o conjunto de informações assim obtido serviu para mapear a ocorrência dos entraves que impactam as experiências de calouros e alunos concluintes/egressos da instituição, bem como a rotina de trabalho no setor. Verificou-se que as informações necessárias aos discentes são disponibilizadas, mas que, de modo geral, não são adequadamente acessadas e/ou compreendidas. Também foi possível identificar que experiências anteriores podem facilitar a sua assimilação. Os resultados encontrados são corroborados pelo que descreve a literatura. Medidas como a implementação de fóruns virtuais de discussão, a construção de um manual do aluno do ICH e a criação de um conselho local de graduação, entre outras, são propostas elaboradas a partir desta pesquisa para que se possa, em primeira instância, minimizar as dificuldades e, em última análise, favorecer os trâmites administrativos e o trabalho diário dos servidores lotados no ICH, além de repercutir positivamente no encaminhamento acadêmico dos discentes.

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão a ser estudado discute os processos e dinâmicas desenvolvidas pela Equipe de Campo do CAEd/UFJF a partir das dificuldades apontadas pelos membros da própria Equipe. Os objetivos definidos para este estudo foram: (i) descrever criticamente as atividades realizadas pela Equipe de Campo; (ii) identificar e analisar possíveis fragilidades e problemas que dificultam o processo de aprendizagem das atividades realizadas e sua execução e (iii) propor ações na tentativa de buscar meios de minimizar as fragilidades encontradas na pesquisa. Assumimos como hipóteses que questões como: a falta de formação específica e a ausência de experiência em executar atividades similares, ao assumir o cargo de Assistente de Avaliação; a preparação para a realização das atividades e a forma como a equipe se apropria das informações referentes às novas atividades que devem executar, são fatores que dificultam o entendimento dessas tarefas. Para tanto, utilizamos, como metodologia de produção de dados, a aplicação de um questionário aos membros da Equipe, que contou com perguntas voltadas à identificação do perfil exigido para a contratação dos colaboradores, à percepção dos colaboradores em relação à organização dos processos de trabalho para a execução das tarefas e também à postura da Coordenação em relação à melhoria dos processos de trabalho da Equipe. Também realizamos entrevista semiestruturada com a Coordenadora responsável por esta Equipe, buscando angariar informações que possam servir de base para elaborar estratégias com vista a reduzir os problemas identificados na pesquisa. Sob o aporte teórico de Gonçalves (2000a), Paim et al. (2009) e Junior et al. (2012), foram discutidos os conceitos de processos, processos empresariais e organização das empresas em processos, buscando que as pessoas trabalhem de forma diferente, por meio da valorização do trabalho em equipe, da cooperação, da responsabilidade individual e mediante a vontade de fazer um trabalho melhor. Diante disso, visando minimizar as dificuldades identificadas por esta pesquisa, propôs-se um Plano de Ação Educacional (PAE), composto de estratégias executáveis pela Equipe de Campo do CAEd/UFJF para aprimoramento das atividades, mediante identificação dos problemas referentes aos processos realizados pela Equipe.

A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão diz respeito à evasão da Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade semipresencial, no Centro de Educação Continuada “Doralice Alves Rodrigues”, localizado no município de Patrocínio, estado de Minas Gerais. Apresenta-se como questão central: de que forma a equipe gestora do CESEC – Centro Estadual de Formação Continuada “Doralice Alves Rodrigues” pode contribuir para minimizar as taxas de evasão na EJA? A defesa do direito à educação, no campo da EJA, é resultado da luta constante, ao longo da história educacional brasileira, sendo legitimada como uma política pública a partir da Constituição Federal de 1988. A pesquisa traz algumas considerações sobre o analfabetismo, a evasão e o abandono escolar no Brasil. E no intento de responder a essa questão, a pesquisa possui como objetivos específicos: descrever o CESEC em foco e as taxas de evasão nos anos de 2012-2017; analisar a perspectiva da equipe gestora da escola, professores e secretária sobre os motivos da evasão dos alunos; e propor ações com vistas a minimizar tais dados. Assim, realizou-se a pesquisa de campo no CESEC “Doralice Alves Rodrigues”, sendo o universo da pesquisa nove docentes, a gestora, a supervisora e a secretária. Desse modo, foram feitas entrevistas semiestruturadas com a gestora, a supervisora e a secretária e aplicados questionários aos docentes com vistas a levantar informações a respeito da evasão dos alunos da EJA na escola em foco. Para o levantamento de dados, foi realizada pesquisa em livros de registros administrativos do CESEC “Doralice Alves Rodrigues” e no Sistema Mineiro de Administração Escolar (SIMADE). Para amparar a discussão, empenhou-se, além dos referenciais teóricos, nos resultados das entrevistas semiestruturas e questionários realizados com atores educacionais envolvidos diretamente com o trabalho na instituição. As informações e discussão realizadas nessa pesquisa possibilitou a confecção de Plano de Ação Educacional com ações a serem realizadas no CESEC em estudo, considerando a observação, o entendimento e as experiências vivenciadas pelos profissionais da referida escola.

A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão analisou os problemas ocasionados pelo regime de coabitação entre duas escolas da Zona da Mata Mineira. A falta de uma gestão compartilhada e a disputa de poder ocasionam conflitos entre os atores escolares, assim como muitos problemas ao convívio escolar. Neste sentido, nos questionamos: quais ações podem ser tomadas para a realização de uma gestão compartilhada, entre duas instituições escolares de redes de ensino diferentes que coabitam um mesmo espaço? O presente caso de gestão teve como objetivo geral descrever os conflitos que permeiam o cotidiano escolar de duas escolas que funcionam em regime de coabitação. Além disso, a pesquisa buscou propor ações que possam minimizar as dificuldades identificadas, a fim de criar uma gestão compartilhada, de forma a possibilitar melhores condições de convivência, de trabalho e de desenvolvimento profissional e educacional para funcionários e alunos. Para tanto, utilizamos, como referencial teórico, para discutir sobre descentralização e municipalização do ensino, as análises de Azanha (1991), Araújo (2010) e Resende (2007). Já para entender as situações de conflito e a disputa pelos espaços úteis, serão utilizadas as reflexões de Silva (2011); Elias e Scotson (2000) e Frago e Escolano (1998). Por fim, Paro (2010) embasa a reflexão sobre a gestão escolar. A metodologia utilizada neste estudo foi a qualitativa, sendo que, para a pesquisa de campo, foram realizadas entrevistas, assim como um grupo focal. Os resultados confirmaram os conflitos oriundos do regime de coabitação, as disputas de poder existente entre os diretores escolares, além da importância da arquitetura escolar dentro nesse contexto.

A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). A pesquisa foi motivada nas observações da pesquisadora, que atua na Superintendência de Organização e Atendimento Escolar, a partir da análise dos processos de regularização de vida escolar dos alunos solicitantes de vagas em escolas estaduais no ensino noturno. Os pedidos ocorriam mediante autorização especial, por ser oferta com número de vagas reduzidas, enquanto a busca para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio diurno pareciam ser acessíveis, com mais vagas disponíveis, mais divulgadas, com encaminhamento para as escolas sem restrições, favorecendo a diuturnização do Ensino Médio. Frente a essas observações estava o problema de pesquisa em duas perguntas: quais as dificuldades de implementação do Ensino Médio Regular Noturno enfrentadas pela SEE/MG? A SEE/MG sabe como irá criar as vagas necessárias para atendimento das demandas existentes para o Ensino Médio Regular Noturno? Os objetivos de pesquisa são descrever o processo de implementação da política pública de oferta do Ensino Médio Regular Noturno nas escolas da Rede Estadual de Minas Gerais, a partir de 2016; analisar esse processo com foco nas possíveis dificuldades existentes na implementação no aspecto das vagas disponibilizadas e daquelas necessárias, além de propor um Plano de Ação Educacional (PAE), com sugestões de ações que possam minimizar os problemas investigados e analisados no trabalho. A SEE/MG considerou os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios de 2014, que revelavam haver 1.053.179 jovens entre 15 e 17 anos de idade, que deveriam estar cursando o Ensino Médio. Desse total, 13% não estudavam e aproximadamente 25%, ainda estavam no Ensino Fundamental. Os elevados índices de reprovação, evasão e infrequência escolar são fenômenos persistentes e entraves à universalização do Ensino Médio. A inexistência de uma avaliação de implementação de política pública, em quaisquer das arenas do ciclo de políticas colabora na manutenção de problemas de gestão de vagas. A metodologia desenvolvida na presente dissertação é a pesquisa qualitativa realizada por meio de um estudo de caso e os instrumentos de coleta de dados foram questionário dirigido aos gestores de SRE, a análise documental, com foco na resolução da SEE/MG e seus registros de implementação como relatórios diagnósticos, legislações, relatórios gerenciais e registros no SIMADE. A partir dos resultados da pesquisa, o PAE foi apresentado propondo um conjunto de ações em resposta às fragilidades encontradas durante o desenvolvimento da pesquisa visando à superação dos entraves localizados para que o Ensino Médio Regular Noturno seja implementado alcançando os objetivos de garantia de ensino público de qualidade.

A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado buscou discutir o papel do Professor de Apoio no cotidiano escolar e refletir sobre a gestão das práticas inclusivas na escola pública, em específico da Escola Estadual Campo dos Sonhos rede estadual mineira. Os objetivos definidos para este estudo foram: descrever as funções desempenhadas pelo Professor de Apoio; observar e analisar como o Professor de Apoio da Escola Estadual Campo dos Sonhos tem atuado em suas funções, atentando para possibilidades e limites de sua atuação no interior da instituição, a partir não somente de sua própria percepção sobre as suas funções, mas também da comunidade escolar, como pais e/ou responsáveis, professores regentes e demais membros, para, ao fim, propor a implementação de um Plano de Ação Educacional que possibilite o desenvolvimento de estratégias de flexibilização e adaptação curricular, bem como de práticas pedagógicas alternativas colaborativas com os demais professores. Visamos, com isso, favorecer a interação social e o acesso dos AD ao currículo e às demais as atividades da escola. Para o desenvolvimento deste trabalho, partimos da hipótese de que a relação entre o Professor de Apoio e o professor regular é pautada por conflitos e pelo distanciamento entre o preconizado na base legal e nas práticas escolares da instituição analisada. Para tanto, utilizamos, como metodologia, a pesquisa qualitativa e, como instrumentos, as rodas de conversa, além da pesquisa bibliográfica e documental. Como embasamento teórico, optamos por autores como Capellini (2004); Beyer (2013); Booth e Ainscow (2011); Mittler (2003) e Mantoan (2015), por debaterem a educação inclusiva e o processo de formação de professores de forma abrangente. Além disso, esses autores colocam a discussão sobre o ensino colaborativo e o Índex para a Inclusão como estratégia e suporte para a expansão do processo de inclusão dentro da escola, a partir da tríade de políticas, culturas e práticas inclusivas. Ao final dos estudos, a suposição levantada foi confirmada ao ser constatado que o processo de inclusão da Escola Estadual Campo dos Sonhos ainda não está consolidado, principalmente na relação Professor de Apoio e professor regular, bem como no processo de formação continuada dos professores. Baseados nos resultados da análise das rodas de conversa, propomos um plano de Ação Educacional (PAE) que tem por objetivo iniciar o processo de discussão, formação e avaliação dos debates sobre inclusão na escola analisada. Cabe destacar a utilização do Índex para a Inclusão como ferramenta de revisão e autoavaliação do processo de inclusão da Escola Campo dos Sonhos.

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado discute o baixo índice de participação dos alunos no exame da Prova Brasil nas edições de 2011, 2013 e 2015, em seis escolas estaduais no município de Porto Velho. A pesquisa partiu de evidências de baixo índice de participação dos alunos na Prova Brasil nas seis escolas pesquisadas nos anos de 2011, 2013 e 2015, detectadas no exercício da minha função no núcleo de Planejamento e Avaliações Externas da Gerência de Controle, Avaliação e Estatística, na sede da Secretaria Estadual de Educação de Rondônia, em Porto Velho, onde tenho a atribuição de interpretar e analisar os resultados das avaliações externas das escolas estaduais como as que compõem o SAEB (ANRESC, ANEB e ANA). Os objetivos definidos para este estudo foram: i) descrever os possíveis fatores que influenciam na participação dos alunos no exame da Prova Brasil; ii) analisar possíveis fatores que influenciam na participação dos alunos no exame da Prova Brasil e as implicações resultantes do baixo índice de participação para a rede de ensino, para as unidades escolares e para os alunos; iii) propor ações, tendo em vista os achados da pesquisa. Para tanto, utilizamos a análise qualitativa com a finalidade de entender e responder quais fatores têm influenciado no baixo índice de participação dos alunos no dia da Prova Brasil na opinião dos gestores escolares e quais perfis de gestão têm influenciado nos dados de participação dos alunos nas avaliações externas. As discussões foram embasadas nos seguintes autores: Souza (2017), que aborda as teorias da gestão Educacional e gestão escolar; Soares e Teixeira (2006), que aborda o perfil do diretor escolar; Oliveira e Carvalho (2018), que abordam gestão escolar e liderança do diretor. Para esta análise, procedeu-se um estudo de caso e os instrumentos de coleta de dados foram a entrevista semi-estruturada com os gestores das escolas e gerente pedagógico da CRE, além de dados secundários e documentais. Os resultados do estudo apontaram que os alunos não têm interesse em fazer a prova e que somado a isso, a maneira como os gestores lideram o processo da avaliação, influência nos índices de participação dos alunos do dia da aplicação da prova, mostrando indícios de que o índice de participação dos alunos aumenta quando os gestores incentivam os alunos a participarem. Em decorrência disso, o Plano de Ação Educacional propõe ações articuladas e integradas entre Seduc Sede, CRE e escolas, propiciar o incentivo à participação dos alunos não apenas na avaliação, mas nas atividades escolares, visando à melhoria dos resultados das escolas.

A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação, do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), tem como como objetivo identificar e compreender de que modo o CAEd apoia o trabalho de Analistas e Auxiliares de Instrumentos de Avaliação na elaboração de itens e na montagem de testes para a área de Ciências Humanas. Para tanto, tomamos como hipótese que a ausência de informações específicas para essa área no Guia de Elaboração de Itens (CAED, 2014) interfere no processo de elaboração e revisão de itens e, consequentemente, na qualidade do Banco de Itens e dos testes aplicados pelo CAEd, por, muitas vezes, não haver entendimento e/ou conhecimento sobre orientações específicas para essa área. Para compreendermos o modo como o CAEd atua no amparo à atuação desses profissionais, elencamos como pressupostos teóricos a gestão do conhecimento e da informação e a Psicometria. Como metodologia, adotamos o estudo de caso, a partir de uma abordagem qualitativa, sistematizado em um caso de gestão, que nos permite analisar criticamente o contexto no qual se insere a pesquisa. Para desenvolvermos esse caso de gestão, definimos, como procedimentos metodológicos para coleta de dados, o questionário, a entrevista e o painel de especialistas, com a finalidade de ouvirmos e compreendermos a trajetória histórica do CAEd no cenário das avaliações em larga escala, em especial na área de Ciências Humanas, assim como a visão de Analistas e Auxiliares sobre o processo formativo, quando de sua entrada na instituição, em que são preparados para elaboração de itens, e sobre o documento que ampara suas atuações. Tais colocações foram interpretadas com base na análise de conteúdo, que também nos serviu para analisarmos os materiais que auxiliam esse processo formativo, o Guia de Elaboração de Itens do CAEd (2014), isolado e em comparação com o Guia de Elaboração e Revisão de Itens do Inep (2010). O mapeamento dessas informações permitiu identificar limites e possibilidades da atuação do CAEd no desenvolvimento de avaliação em larga escala em Ciências Humanas e sistematizarmos quais seriam os conhecimentos específicos necessários para a atuação desses profissionais. Essa sistematização nos permitiu estruturar uma proposta de Guia de Orientação do trabalho de Analistas e Auxiliares dessa área do conhecimento, o qual foi analisado, por meio de um Painel de Especialistas, por um grupo de profissionais do CAEd responsáveis por diferentes etapas da construção do instrumento de avaliação. Nesse percurso, entendemos que, apesar dos esforços já empreendidos pelo CAEd, há ainda lacunas em seu papel na sistematização de orientações para o trabalho de Analistas e Auxiliares, seja pela ausência de informações sobre as Ciências Humanas no Guia de Elaboração de Itens (CAED, 2014), seja pelo pouco enfoque nessa área do conhecimento ao longo do processo formativo quando da entrada desses profissionais na instituição. A partir dessa compreensão, propomos um Plano de Ação Educacional (PAE) que visa apresentar caminhos que podem contribuir para que o CAEd avance no que diz respeito ao apoio da instituição ao trabalho de Analistas e Auxiliares na construção os instrumentos de avaliação na área de Ciências Humanas. Para tanto, propomos ações que têm o intuito de provocar o debate coletivo e sistemático acerca das especificidades que envolvem a construção desse tipo de instrumento para essa área do conhecimento. Tais ações envolvem a reformulação da Matriz de Referência e do documento do Guia de Elaboração de Itens do CAEd (2014) – que, nesse caso, poderia se basear na proposta de Guia de Orientação por nós estruturado -, bem como a promoção de momentos coletivos de formação contínua para esses profissionais por meio do compartilhamento de ideias em reuniões periódicas, desenvolvendo, assim, ações gestoras pautadas na gestão do conhecimento e da informação.

A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado discute os desafios encontrados na implementação da educação em Tempo Integral numa Escola Estadual, localizada no município de Simonésia/MG. Para preservar o nome da escola, a instituição aqui a pesquisada será denominada Escola Estadual João Augusto de Carvalho. O interesse pelo caso analisado está associado à minha atuação profissional como gestor da mencionada escola. Neste cargo, tenho convivido com as dificuldades apresentadas pelos docentes em atuar em uma política educacional cujas práticas pedagógicas devem diferir das aulas ministradas no ensino regular. Neste sentido, o presente estudo se pauta na seguinte pergunta de pesquisa: quais ações podem ser tomadas para capacitar os docentes para atuarem nas turmas de educação de tempo integral da Escola Estadual João Augusto de Carvalho? Como objetivo geral, este estudo propôs descrever a implementação da educação de tempo integral na Escola Estadual João Augusto de Carvalho, especialmente as dificuldades decorrentes da ausência de formação dos professores desta iniciativa, e propor ações que possam minimizar os problemas identificados. Os objetivos específicos foram: i) descrever a operacionalização do Programa de Tempo Integral na Escola Estadual João Augusto de Carvalho e os problemas relacionados à formação dos professores que atuam nesta política; ii) analisar o impacto da ausência de formação dos professores para a atuação nas turmas de Tempo Integral; e iii) propor um plano de ações que contemple a formação dos professores na própria escola. Utilizamos como metodologia o estudo de caso, a partir de uma abordagem qualitativa. Além disso, para a pesquisa, também foi realizada análise documental; grupo focal com os professores da instituição; e entrevistas com a coordenadora das turmas de educação em tempo integral da escola e com o Analista Educacional da Superintendência Regional de Ensino de Manhuaçu. Para o embasamento teórico, foram utilizadas as análises de autores, como Coelho (2009), Arroyo (2012), Cavaliere (2007), Demo (2008) e outros, que nos permitem refletir sobre as diversas concepções da educação em tempo integral no Brasil, as experiências exitosas, a construção curricular e a necessidade de uma adequada formação de professores para atuarem na educação de tempo Integral. Este estudo foi organizado em três capítulos. No capítulo1, é apresentado o caso de gestão, sendo feita a descrição do contexto escolar, além das evidências da necessidade de formação para os professores. No capítulo 2, foi apresentada a metodologia, os instrumentos de pesquisa e a análise das informações obtidas. Concluímos que os professores da escola carecem de oportunidades de formação continuada. E, por fim, no capítulo 3, foram apresentadas propostas de intervenção que possibilitem a formação de professores.