A criação e a implantação do Programa Mais Educação (PME) introduziram nas escolas brasileiras a Educação Integral mediante a ampliação do tempo e do espaço escolar. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar a implementação do PME, as dificuldades e as potencialidades da atuação do coordenador na Gestão Pedagógica do PME. Especificamente, o foco do presente trabalho recai sobre as ações do Macrocampo Acompanhamento Pedagógico em duas escolas de Parintins – AM. O trabalho se desenvolve por meio de uma pesquisa qualitativa. É realizado um levantamento dos dados das duas escolas selecionadas a respeito de implementação do PME. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados entrevista com o coordenador e grupos focais com professores e alunos. O diário de bordo também foi utilizado para registrar e separar as ações da pesquisadora, dado que essa é coordenadora do programa em uma das escolas selecionadas para a análise. O aporte teórico concentra-se na discussão acerca do fracasso e da aprendizagem escolar: Patto (1990), Forgiarini e Silva (2008); Hoffmann (2012); Antunes (2012), Luck (2009/2011//2012/2013) e Franco (2008) no que se refere à Gestão Pedagógica. Os resultados demonstraram que é preciso intensificar e valorizar o trabalho do coordenador do PME na Gestão Pedagógica. O objetivo é acompanhar e proporcionar a interação entre as atividades do PME e o ensino regular, garantir a efetividade das atividades do Macrocampo Acompanhamento Pedagógico e, consequentemente, contribuir para melhorar a implementação do programa. Para isso, propomos um Plano de Ação Educacional voltado para os monitores, coordenadores do PME, equipe gestora, coordenadoria e SEDUC/AM.
Ano: 2015
ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS –(PAR) EM PERNAMBUCO
O presente trabalho analisa a implementação do Plano de Ações Articuladas-PAR, entre os anos de 2007 e 2012, na rede pública de ensino municipal do estado de Pernambuco, mais especificamente a dimensão quatro, que diz da infraestrutura física e recursos pedagógicos. Entretanto, para analisar a implementação das ações desta dimensão foi necessário verificar a atuação dos atores envolvidos, sobretudo da esfera local e, assim, identificar quais fatores se configuram como entraves cotidianos às ações do PAR. Sendo assim, pretendeu-se investigar como os gestores municipais do estado de Pernambuco aderem à implementação do PAR e as conduzem, desde a sua elaboração até a execução das ações. A intenção, a partir das informações investigadas, foi a de elaborar uma proposta de intervenção para aperfeiçoar o acompanhamento e o monitoramento do Plano nos municípios, visando à melhoria dos processos de sua implementação. A metodologia para a coleta de dados pautou-se nas abordagens qualitativa e quantitativa, foram analisados documentos oficiais normatizadores do PAR, assim como registros dos técnicos das secretarias estadual e municipal de educação sobre a implementação do Plano.O embasamento teórico desta pesquisa tem como principais contribuições as reflexões de Saviani (2007), Adrião e Garcia (2008), sobre o PDE e o PAR. Também foram importantes as análises de Aureliano e Queiroz (2013), que retratam a importância do planejamento participativo, visando ao trabalho colaborativo. O resultado da pesquisa indicou a) que as ações dos atores envolvidos denunciam dificuldades enfrentadas no âmbito municipal, por exemplo: a falta de formação continuada para os gestores municipais; b) ausência de um planejamento organizado e participativo e a de um efetivo monitoramento das atividades. Tais dificuldades suscitaram o desenvolvimento de ações interventivas de formação para os gestores municipais de educação; elaboração de um Manual de Orientações com perguntas e respostas sobre as dúvidas do PAR e visitas aos municípios para acompanhamento e monitoramento, de modo a possibilitar maior eficiência e eficácia na implementação do Plano de Ações Articuladas.
ESTUDO SOBRE CAMINHOS E PRÁTICAS DA PROGRESSÃO PARCIAL EM DUAS ESCOLAS DA REGIONAL METROPOLITANA II-SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO
A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), discute a implementação da política de Progressão Parcial em duas escolas da Regional Metropolitana II, São Gonçalo- RJ. O objetivo geral desta pesquisa é compreender como os atores das escolas pesquisadas percebem a política de Progressão Parcial. As análises dos dados mostraram a necessidade de orientação e acompanhamento por parte dos gestores e equipe diretiva aos atores envolvidos no processo de Progressão Parcial nas duas escolas, fragilidades no acompanhamento e na orientação aos alunos em Progressão Parcial por parte dos professores, além de ineficácia dos instrumentos avaliativos aplicados aos alunos durante o processo de Progressão Parcial. Assume-se como hipótese que o processo de implementação da Progressão Parcial necessita ser melhor discutido e analisado pelos atores que o executam no interior da escola, a fim de que se proceda ao resgate da aprendizagem, respeitando-se o ritmo e o tempo dos discentes. Utilizou-se como metodologia a pesquisa de campo e a análise documental e bibliográfica. Como instrumentos metodológicos foram feitas entrevistas com gestores e aplicados questionários a professores e alunos. As análises tiveram como embasamento teórico os autores Condé (2011), Bertagna (2003), Lück (2000), Polon (2009), entre outros, que discutem a Progressão Parcial como direito do aluno, a avaliação da aprendizagem e a gestão participativa.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS NAS ESCOLAS ESTADUAIS DA DIRETORIA REGIONAL METROPOLITANA I – RJ
A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado discute a implementação da Recuperação de Estudos nas Escolas Estaduais da Diretoria Regional Metropolitana I do Estado do Rio de Janeiro. Tal pesquisa justifica-se pela observação, em reuniões nas escolas estaduais da Diretoria Regional Metropolitana I (DRMI), em que se percebeu que os gestores, coordenadores pedagógicos e professores possuem dificuldades em compreender e realizar a Recuperação de Estudos, nos termos das orientações da SEEDUC-RJ. Os objetivos definidos para este estudo foram analisar os obstáculos encontrados na implementação da Recuperação de Estudos e contribuir para ampliar o conhecimento sobre esta recuperação. Para tanto, a metodologia de pesquisa utilizada é híbrida pois se buscou interpretar os dados quantitativos da pesquisa à luz da contribuição de autores que não seguem esta concepção em suas produções teóricas. Diante dos resultados encontrados no estudo: concluiu-se que nas unidades escolares da DRMI não há um alinhamento quanto às ações dos diretores, coordenadores pedagógicos e professores na prática de recuperação de estudos. Frente a isso, o Plano de Ação Educacional (PAE) apresentado compreende ações para melhoria da política de recuperação de estudos que amplie o entendimento da política pelos diretores, coordenadores pedagógicos, professores das unidades escolares da referida regional.
ATOS DELITUOSOS E AÇÕES GESTORAS: ESTUDO DE CASO DO REGISTRO DE DELITOS NAS DEPENDÊNCIAS DAS ESCOLAS ESTADUAIS DE MINAS GERAIS E DAS AÇÕES DAS EQUIPES DE GESTÃO ESCOLAR
A presente dissertação, desenvolvida no Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (Mestrado Profissional) da Universidade Federal de Juiz de Fora, apresenta a pesquisa que teve como objetivo identificar as dificuldades encontradas pelas equipes gestoras das escolas estaduais de Minas Gerais em relação à prática de atos delituosos em suas dependências. Além disso, intencionou-se também identificar a eficácia da forma como as escolas e a Secretaria de Estado de Educação registram as ocorrências de delitos nas unidades escolares. O trabalho apresenta a proposição de um plano de ação visando melhorar os registros desses casos, permitindo à Administração Pública planejar atividades para combater o problema da violência escolar, e propõe ações para preparação dos membros de equipes de gestão escolar para lidar com as ocorrências nas instituições de ensino. A recorrente incidência de consultas recebidas por setores do Órgão Central da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais – SEE/MG – questionando como os gestores escolares devem agir ao terem conhecimento da ocorrência de atos delituosos no interior de escolas e o fato de o índice de violência nas escolas estaduais mineiras vir causando preocupação aos professores e estudantes motivaram este estudo. Os elementos de fundamentação da necessidade de ações de registro e preparação dos gestores escolares foram analisados à luz de referenciais teóricos de autores como Guadalupe (2012), Condé (2012) e Diniz (2009), além de se fundamentar nas legislações federal e estadual aplicáveis. O percurso metodológico é composto por pesquisa bibliográfica, documental e empírica, aplicação de questionários a gestores escolares e a dirigentes regionais da SEE/MG, além de entrevistas realizadas com gestores de setores relevantes da Secretaria de Educação. A pesquisa demonstra a limitação das ações de preparação de integrantes de equipes de gestão escolar para lidarem com o problema da violência nas escolas e a ausência de sistema informatizado da SEE/MG para registro de ocorrências com vistas a orientar ações estatais voltadas para a elaboração de ações destinadas ao combate de ações delituosas em unidades de ensino. O resultado das pesquisas e a fundamentação teórica justificam o conteúdo do capítulo propositivo, composto por recomendação de ações direcionadas à implantação de sistema de registro de ocorrências de atos delituosos e à preparação das equipes de gestão escolar para lidarem com tais atos.
APROPRIAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA PARA A MELHORIA DOS ÍNDICES DE PROFICIÊNCIA DE DUAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO AMAZONAS
Este trabalho tem por objetivo analisar como os gestores escolares, pedagogos e professores de duas escolas estaduais da cidade de Manaus, utilizam os resultados do Sadeam em suas práticas pedagógicas. Estudar a apropriação dos resultados do Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas (SADEAM) pelos profissionais da escola mostra-se relevante pela necessidade de compreender melhor como os resultados das avaliações externas estão sendo utilizados. Além disso, há a possibilidade, a partir disso, de repensar o fazer pedagógico em nossas escolas e, possivelmente, melhorar o desempenho dos alunos naqueles conteúdos que foram sinalizados como em defasagem pelos resultados obtidos. É importante que as avaliações externas, através dos resultados pedagógicos, sejam utilizadas como instrumento, tanto pela Secretaria de Educação, na definição de políticas públicas, quanto pelos profissionais da escola, na busca pela melhoria de seu fazer pedagógico e por consequência na elevação da qualidade do ensino. Por meio de uma pesquisa qualitativa, foram utilizados como instrumentos de pesquisa, entrevistas com roteiro semiestruturado com gestores e pedagogos e, a realização da técnica do grupo focal com os professores de Língua Portuguesa e Matemática, lotados nas turmas de 6º ao 9º ano, das duas instituições pesquisadas. O referencial teórico está amparado em autores de renome no campo de estudo das avaliações externas, como Souza e Bonamino (2012), Vianna (2009), Machado (2012), Silva (2011), Brooke e Cunha (2011), Souza (2010) e Soares (2013). Utilizou-se como fontes documentais o site oficial da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas, o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira e o site do SADEAM. A pesquisa realizada em duas escolas públicas da rede estadual do Amazonas revela a necessidade de apropriação dos resultados das avaliações externas por parte dos profissionais da escola, de tal maneira que, o trabalho coletivo realizado, envolvendo estes resultados, possa ser utilizado como alicerce na busca da melhoria da aprendizagem e desempenho dos alunos. Ao final é proposto um Plano de Ação Educacional, com base na observação da realidade dos profissionais das escolas pesquisadas, que consiste na criação do SISPAR – Sistema Permanente de Apropriação de Resultados, no âmbito da Gerência de Avaliação e Desempenho, com o objetivo de promover a formação dos profissionais da escola, o planejamento e o acompanhamento das ações relacionadas ao tratamento das avaliações externas e seus resultados no cenário escolar.
A GESTÃO INTEGRADA DA ESCOLA (GIDE) COMO O CAMINHO PARA AS MUDANÇAS DE GESTÃO E DO DESEMPENHO DAS UNIDADES ESCOLARES NA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO: O Caso do Colégio Estadual Deputado Carlos Pinto Filho
A presente dissertação, desenvolvida no Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão da Avaliação da Educação Pública da Universidade de Juiz de Fora, tem por objetivo analisar como a metodologia da Gestão Integrada da Escola (GIDE) do estado do Rio de Janeiro gerou mudanças na gestão e desempenho do Colégio Estadual Deputado Carlos Pinto Filho, do município de Porciúncula. Para isso, leva-se em consideração a tríade da gestão educacional: integrada, estratégica e participativa, segundo Machado (2014) e as dimensões da gestão escolar – gestão de resultados educacionais, participativa, pedagógica e planejamento – propostas por Heloísa Lück (2009). A metodologia de pesquisa utilizada foi a análise dos referenciais teóricos, análise dos documentos relativos ao referido programa, entrevistas semiestruturadas (com Gestores e Professores) e ainda observação do cotidiano escolar por meio de visitas in loco, na qual foram levantados dados e informações sobre a relação da ação de gestão escolar com desempenho dos alunos e da escola. A pesquisa na escola permitiu evidenciar que a GIDE favoreceu a melhora no ambiente escolar, propiciando uma gestão escolar mais eficiente e baseada em um modelo educativo que tem como foco o desempenho escolar e as competências a serem desenvolvidas pelos alunos. Com a autonomia da gestão escolar e as novas diretrizes implementadas pela GIDE na escola, constatou-se um maior interesse em relação ao diagnóstico dos problemas escolares e a implantação dos planos de ação. Evidenciou-se ainda, que com relação à aplicação do Sistema de Gestão Integrada da Escola, a prática de avaliações de proficiência na educação dos alunos se constitui em um importante instrumento para identificar os níveis de desempenho dos alunos e da gestão escolar. Dessa forma, a pesquisa demonstra que os entrevistados consideraram a implantação da GIDE na escola como um auxílio no direcionamento dos planos de intervenção e na elaboração de ações de contramedida, permitindo aos mesmos se apropriarem dos resultados das avaliações externas e internas. Apesar de todos os progressos e melhorias apontados, foram ainda encontradas algumas fragilidades no planejamento estratégico já executado pelo colégio e que serão exploradas no plano de intervenção proposto no terceiro capítulo. Essas fragilidades seguem principalmente dois sentidos: incentivo à participação dos pais na vida escolar dos alunos e iniciativas para um trabalho diferenciado para os alunos do terceiro turno. Assim, o plano de ação educacional (PAE) teve como principal objetivo a institucionalização de uma rotina de planejamento estratégico próprio da escola, independente da GIDE, bem como desenvolver e propor ações de melhorias para as fragilidades encontradas: alunos com distorção idade-série e pouca participação dos pais e/ou responsáveis na vida escolar de seus filhos.
ANÁLISE DO PROJETO SALA DE INFORMÁTICA MÓVEL NAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BELO HORIZONTE
O presente trabalho, desenvolvido no Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública do Centro de Políticas Públicas eAvaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, analisou o projeto Sala de Informática Móvel (SIM), implantado em 2011, como piloto, em três escolas da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (RME-BH), a fim de compreender o processo de incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na prática dos professores. O projeto SIM significou a montagem de uma infraestrutura de rede sem fio e no uso de computadores móveis que possibilitaram o uso dos equipamentos em uma sala de aula, ou em outros locais da escola. O projeto foi idealizado para permitir que escolas sem espaço físico suficiente pudessem ter acesso aos recursos de uma sala de informática. Na pesquisa, foi adotada metodologia qualitativa e a coleta de dados envolveu a análise documental de dois relatórios elaborados nos anos de 2011 e 2013, para fins de acompanhamento do projeto. Também foi realizada a aplicação de questionários aos professores e entrevista com gestores. A análise dos dados mostrou que os professores anseiam por métodos inovadores para a ministração de suas aulas e desejam integrar as TIC em sua prática. No entanto, eles não se sentem preparados. Observou-se a falta de apoio oferecido pelos membros que compõem a equipe de gestão das escolas, os
quais parecem não ter clareza de como atuar para que seja realizado o uso significativo das TIC. Isto demonstra que existe a necessidade de um acompanhamento mais próximo da secretaria municipal e das gerências regionais de educação junto às escolas, como também que se ofereça um programa de formação continuada que leve em conta, além de aspectos próprios do uso pedagógico das TIC, as especificidades do SIM, a fim de garantir que os recursos de informática disponibilizados pelo referido projeto sejam integrados à prática dos professores. A fim de amenizar e, quiçá, solucionar os problemas identificados, foi proposto um Plano de Ação Educacional, constituído das seguintes ações: formação para professores e gestores; ambiente de troca de experiências para todos os
professores e gestores da RME-BH; seminário anual de uso pedagógico das TIC na educação.
O PERFIL DO GESTOR ESCOLAR NA IMPLEMENTAÇÃO DE MODELOS DE GESTÃO: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO METROPOLITANA VII DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O presente estudo tem como objeto as práticas de gestão dasunidades escolares da Região Metropolitana VII, do Estado do Rio de Janeiro. Pretende-se analisar até que ponto o perfil do gestor escolar pode facilitar a implementaçãoda Gestão integrada da Escola (GIDE), que é um modelo de planejamento estratégico com foco em resultados. A importância desta pesquisa reside na possibilidade de ampliar a qualidade das práticas escolares a partir da formação de perfis de líderes capazes de redirecionar as ações escolares e propiciar melhores índices de desenvolvimento. Com relação aos aspectos metodológicos, realizou-se um estudo de caso qualitativo, com pesquisa bibliográfica, entrevista com os gestores de duas escolas da Região Metropolitana VII e aplicação de questionários a professores e agentes de acompanhamento da gestão escolar AAGE, que atuam nas referidas unidades. Os resultados da pesquisa mostraram que o perfil do gestor é um dos aspectos que pode caracterizar a identidade da escola em termos de índices de desenvolvimento escolar, isso porque o líder com o perfil cujas competências, como a criatividade, e visão estratégica, pode mudar a realidade escolar, inserido professores e alunos em contextos diversificados no que diz respeito ao processo ensino aprendizagem. A partir dessas constatações,apresenta-se um plano de ação educacional que abrange a realização de treinamentos para capacitar os gestores da Região Metropolitana VII de modo a subsidiá-los na aquisição de competências de gestão escolar, os quais demandarão o monitoramento e avaliação da GIDE, no sentido de apresentar resultados a curto, médio ou longo prazo no que se refere à relevância dos treinamentos.
O PROCESSO DE REVISÃO CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DA REDE ESTADUAL DO AMAZONAS E A PARTICIPAÇÃO DOCENTE
A presente dissertação tem como objetivo analisar o processo de revisão curricular no componente Língua Portuguesa do I ciclo do ensino fundamental, tendo como contexto de pesquisa a Coordenadoria Distrital 03, órgão de assistência e assessoramento da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas – SEDUC/AM. A participação docente na elaboração de uma política curricular tem despertado interesse, tendo em vista a preocupação com a qualidade da educação básica brasileira, pois o “duelo” entre o currículo prescrito e o utilizado na prática acentua a necessidade do envolvimento dos sujeitos, a fim de propostas curriculares implementadas com sucesso. Por isso, a questão que motiva o estudo está formulada da seguinte maneira: como amenizar os efeitos da baixa participação docente no processo de revisão do currículo dos anos iniciais, em sua fase de implementação? A relevância do presente trabalho se situa na reflexão sobre o envolvimento dos atores que executam o currículo na prática, principalmente: os professores. A suposição desta investigação, confirmada ao longo da pesquisa, é a necessidade de estratégias para o envolvimento do professor na implementação dos ajustes curriculares. Baseada numa metodologia de natureza qualitativa, envolve primeiramente a pesquisa documental, concentrando-se nos documentos oficiais que norteiam a revisão curricular; a pesquisa bibliográfica, que salienta os estudos sobre políticas curriculares e por último a pesquisa de campo, com uma série de entrevistas semiestruturadas destinadas às gestoras e pedagogas de duas escolas distintas, bem como a oito professores regentes em sala de aula do 1º ao 3º ano. O desenvolvimento do referencial teórico da pesquisa é representado por autores que possuem reconhecida contribuição no campo da análise de políticas públicas, articulando diversas questões que proporcionam a compreensão sobre currículo e sua implementação, enfatizando o processo de recontextualização, dentre eles, Mainardes (2006); Lopes (2004); Sacristán (1998); Moreira e Candau (2007). Os resultados da pesquisa apontaram que a proposta curricular vigente não é utilizada como referência principal, no planejamento do professor e que não há uma política de formação inicial e continuada na implementação de propostas curriculares visando o envolvimento do docente, mas ações isoladas que não são complementares e interligadas, dificultando o atendimento às demandas básicas por não observarem as especificidades das diferentes realidades existentes nas escolas. Dessa forma, apresentou-se um Plano de Ação Educacional, propondo ações para minimizar os aspectos que podem atrapalhar a implementação do currículo prescrito, em especial, no que se refere ao envolvimento docente, como a formação continuada interescolar e a produção de um caderno pedagógico que possa servir de apoio às aulas do professor.