Dissertações Defendidas em 2014

A POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ELISABETH QUEIROZ DE PAULA

Eliane Medeiros Borges

A presente dissertação investiga o desenho da formação continuada ofertada pelo Programa de Intervenção Pedagógica – Alfabetização no Tempo Certo (PIP/ATC) aos professores regentes de turmas de 1º ao 5º ano do ensino fundamental no estado de Minas Gerais, em Língua Portuguesa, com vistas a aprimorá-lo. Para procedermos à análise do desenho optamos pela metodologia qualitativa para obtenção e levantamento dos dados, realizando o estudo de documentos oficiais internos da SEE/MG utilizados para monitoramento e avaliação do Programa, análise de um total de três entrevistas semiestruturadas aplicadas à gestão do Programa e um estudo comparativo entre a formação continuada do PIP/ATC e a formação de professores do Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa (PNAIC), com o intuito de identificar os aspectos estruturais que caracterizam as duas propostas de formação, aproximações e distanciamentos. A questão central que norteou o trabalho foi: o desenho da formação continuada de professores ofertada pelo PIP/ATC favorece o empoderamento dos professores como construtores do próprio conhecimento e problematizadores de sua práxis e seu desenvolvimento profissional? Para tanto, buscou-se destacar a estrutura e conteúdo das capacitações do PIP, o monitoramento e acompanhamento pedagógico, realizado por equipes da SEE/MG e das SREs e analisar os materiais estruturados disponibilizados à luz dos autores que problematizam e estudam o tema formação de professores, suas imbricações, entraves e avanços. Os autores escolhidos para este diálogo, como Nóvoa (1997), Gatti (2009) e Imbérnon (2010), dentre outros, tratam dos aspectos que caracterizam o processo de formação continuada, que deve se fazer na conjugação da teoria com a prática pedagógica dos professores, num exercício de repensar, a cada momento, o currículo que se materializa nas escolas. O necessário aprofundamento do diálogo da teoria com a prática, a pouca presença de protagonismo do professor na condução de seu próprio desenvolvimento profissional e o desenho, mais voltado para a prescrição do que para a reflexão, formam uma importante triangulação para revisão desta formação. Não obstante, evidenciou-se que a atual proposta do PIP tem caráter prescritivo e instrucional, reservando um espaço excessivamente limitado para a ação reflexiva e dialógica dos professores com o Programa e entre si. Dessa forma, esse trabalho serviu de subsídio à propositura de um Plano de Intervenção Educacional em forma de projeto piloto de formação continuada de professores a ser implementado em uma escola da jurisdição da Superintendência Regional de Ensino de Juiz de Fora, para o aprimoramento da formação continuada oferecida pelo PIP/ATC. Este projeto terá dois formatos, em dois momentos. No primeiro, o projeto terá como propósito estimular na escola a constituição de grupos de desenvolvimento profissional para estudo, debate, análise e elaboração de propostas de práticas pedagógicas em que o protagonismo e a autonomia do professor sejam evidenciados, valorizados e compartilhados entre seus pares. Em seu segundo momento, ancorado nas possibilidades da utilização das TICs, terá como objetivo instrumentalizar o professor no conhecimento da legislação educacional do estado de Minas Gerais e da proposta curricular da Secretaria de Estado de Educação.


Formação continuada de professores; Política pública; Grupos de desenvolvimento profissional.

Dissertação do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública – Caed/UFJF

PAULA, Elisabeth Queiroz de . A POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA : ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação/CAEd. Programa de Pós- Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública. P.185. 2014.